quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Bem interessante! NORMOSE

Fala PessoAll,

Bom, nem só de tecnologia nós vivemos. Achemos bom ou ruim, vivemos numa sociedade (existem fanáticos que acham muito ruim). E em vivendo numa sociedade, muitas vezes nos vemos pressionados a sermos como a sociedade quer que sejamos, e muitas vezes nos tornamos outras pessoas para atender a esses requisitos, que muitas vezes nem sequer existe. Uma amiga que trabalha comigo, Luciana Godoy, me mandou um texto que me fez refletir sobre isso. Achei esse texto bem interessante e resolvi compartilhar aqui. Bom, acho válido salientar que você NÃO deve tomar o texto como um pretexto para se tornar um louco, nunca mais fazer a barba, nem comprar roupas novas e etc. Rsrsrs. O texto apenas mostra que não devemos nos cobrar tanto, devemos SIM, nos tornarmos pessoas felizes. Valeu... bom proveito.

--------------------Início do texto----------------------
NORMOSE

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o
fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me
pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de
normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão.

Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito
normal é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se
"normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam
de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações
de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós?
Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto
poder sobre nossas vidas?

Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você
seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha
presença através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que
não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem
for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a
ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de
sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o
verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de
exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que
você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim
aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de
viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula.
Não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser
original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou
crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos
mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos
homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e
felizes.

Martha Medeiros ( 05.08.07 - Jornal Zero Hora - P.Alegre - RS)
--------------------Final do texto-----------------------


Abraços.

Atc.
Gerson Júnior

2 comentários:

  1. Esse texto também foi parar lá no blog www.momentoincomum.blogspot.com

    é realmente muito bom!

    :)

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